terça-feira, 1 de junho de 2010

Globalização


Bom ou Mau?
No fundo este fenómeno não é nem bom nem mau. Pois tem aspectos positivos e negativos.
A minha questão, é se andamos a investir mais nos aspectos positivos ou negativos?
É certo que muitos de nós "usamos" a globalização para fins benéficos, mas a verdade é que há quem a use para fins não tão benéficos.
E se ainda não tinha reparado... nós próprios somos usados pela globalização e nem sempre pelos melhores motivos.
A publicidade é uma das maiores "máquinas" que faz avançar "esta Globalização", conseguindo através deste fenómeno manipular toda uma extensa estratégia de marketing, com o objectivo, no fundo, de manipular-nos, a nós enquanto consumidores, que nos encontramos como que esfomeados por mais e mais consumo, por mais e mais produtos. E neste ciclo esquece-mo-nos de ter consciência no consumo e no que esta por de trás de toda esta maquinaria que faz girar a globalização.
Há uns tempos li de um historiador afirmações que diziam que os primeiros "globalizadores" foram os portugueses. Estranho pensar que este enorme fenómeno começou por nós, quando nos decidimos lançar em águas desconhecidos em busca disso mesmo, do desconhecido. A partir daí este fenómeno nunca mais abrandou.
Reparem bem há quanto tempo existe este famoso e tão falado fenómeno que é a Globalização.
Das poucas certezas que tenho, quanto a isto, é que não vai abrandar, ou pelo menos nunca vai parar.
Bom ou mau? ainda não sei...
Afinal quem sabe mesmo??

Liliana Cardoso

Ambientalismo

Afinal o que vem a ser isso de ambientalismo?
O ambientalismo é um conjunto de teorias práticas que visam a preservação do meio ambiente.
E realmente não passam de teorias, ou seja, nunca passam à prática.
Eu acho que de ambienatlismo, na sua vertente teórica, já estamos fartos, o que realmente, dava jeito era ter ambientalismo na vertente prática.
Alguns de nós, felizmente num número cada vez maior, vamos fazendo o que podemos para preservar o planeta garantindo sustentabilidade, mas será que isso chega? Penso que não, enquanto não forem tomadas medidas concretas, como por exemplo elevados impostos sobre veículos, ou a utilização de energias renováveis, deixando para trás as energias provenientes de fósseis, que para além de não serem renováveis, não são limpas.
Por que não aplicar estas medidas? Porque é que ainda não metemos a mão à consciência sobre as maldades que andamos a fazer à nossa própria casa, à nossa mãe Natureza?
Liliana Cardoso

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Visita do Papa Bento XVI


Eu fui à missa campal, no Terreiro do Paço, ontem (dia 11-05-10).
A razão da minha ida não se prende apenas com o ir ver o Papa, apesar de ele ser o representante máximo da Igreja Católica.
Confesso que tive muitas dúvidas em relação a ir ou não. Mesmo na véspera.
Acabei por ir.
Não me arrependo em nada.

Digam o que disserem, é bom saber que ainda há causas que movem cerca 100 mil jovens.
Eu estive lá senti o que é a união destes jovens. Não é como ir a um festival de Verão, apesar do aglomerado de pessoas ser semelhante. E não é igual porque ali estávamos todos juntos, unidos, pela mesma causa, pela mesma fé. Essa força valeu mais do que ter visto o Papa.
O grupo em que estava, "Eu Acredito" (camisolas azuis) marchou desde o Parque Eduardo XII até ao Terreiro do Paço, horas e horas numa caminhada lenta mas muito animada. Durante essas horas temos um encontro connosco mesmos, e o que me veio à cabeça não foi propriamente, a Fé na Igreja (até porque na Igreja acredito muito pouco), foi mais a Fé na união, no companheirismo, e na juventude. A Fé na sintonia. A Fé de que 100 mil vozes podem ser uma só.

Quando cheguei ao recinto (Terreiro do Paço) deparei-me com uma curiosidade não muito agradável. A missa estava a ser celebrada numa praça onde há centenas de anos atrás eram celebrados os autos de fé. Daí eu dizer que fé na Igreja, tenho muito pouca. A mesma Igreja celebra na mesma praça ritos completamente opostos, mas uma coisa é certa, a Igreja Católica foi uma assassina.
E perdoe-me, mas ainda o é. Tendo em conta que o Papa continua a dizer que não se deve utilizar preservativo. Mas eu pergunto ao Sr. Papa: o Sr. não sabe que a SIDA mata? Que não tem cura e que a única prevenção é o uso de preservativos em todas as relações sexuais.
Mas que Igreja é esta tão pouco consciente da realidade que vivemos?

E reforço mais uma vez a minha ideia a minha fé esta cada vez menos na Igreja e cada vez mais nas pessoas, e principalmente nos jovens, pois tenho fé que consciência não lhes falte...

Eu também tinha uma T-shirt que dizia "Eu Acredito" e em letras mais pequenas lia-se: Quem acredita em Deus nunca está só.
E é nisso que acredito, não nesta Igreja corrupta, manipuladora e com uma certa falta de consciência.

Sr. Papa, o Sr. que é o sucessor de Pedro, lute pela união, mas não pela morte. Pedro recebeu a missão de cuidar das pedras vivas e da Igreja, as pedras vivas somos nós que vamos tendo esta Fé em Deus, e a Igreja de Pedro é uma Igreja de Pedras Vivas, por isso cuide de nós cuidando da sua Igreja, não nos deseje o mal de morrermos por termos feito o que nos tem pedido para fazer (não usar preservativo). No livro Sagrado, em nenhum lado está escrito que é proibido o uso do preservativo, mas vocês alegam que está escrito que o homem e a mulher foram feitos para se amarem e reproduzirem, e que por isso o preservativo vem interferir com isto visto que para além de nos proteger da morte, não permite a natalidade. Mas eu também me lembro de ter lido que o Homem e Mulher foram feitos por Deus e à semelhança deste, e se assim foi porque é que Deus iria permitir que houvesse prazer?
Pois cá está, será uma contradição Sr. Papa?
Não me parece.

É por estas e por outras que eu e tantos outros jovens, nos vamos afastando da Igreja. Achamos que já não estamos dentro dos parâmetros por si exigidos.
Mas eu continuo a ter Fé muita Fé, seja lá no que for (na Igreja é que não é de certeza), e desta Fé não desisto.

E repito: Eu Acredito!!

Liliana

terça-feira, 4 de maio de 2010

As burcas


Li recentemente um discurso de Sarkozy, Primeiro Ministro Francês, relativamente ao tão debatido assunto da utilização das burcas. Segundo este politico a burca "reduz a mulher à servidão e ameaça a sua dignidade","não é um sinal de religião, mas de subserviência" e não é "bem-vinda" na França. O líder francês ainda demonstrou apoio à criação de uma comissão parlamentar para analisar a proibição do uso da burca em lugares públicos no país. "Não podemos aceitar que tenhamos no nosso país mulheres presas atrás de redes, eliminadas da vida social, desprovidas de identidade", afirmou.
Acho que está assim bem clara a opinião do Primeiro Ministro Francês em relação à utilização das burcas no seu pais. Eu não poderia estar mais de acordo, acho que a utilização da burca acaba por reduzir a mulher a um "pano esvoaçante" a passear pela cidade. Toda a mulher tem o direito a andar vestida como quiser e apresentar-se à sociedade da forma que gosta, acontece que estas mulheres são muitas delas obrigadas pelos maridos e famílias a usar a burca e por vezes os vestidos até aos pés.
Todas as mulheres deveriam ter o direito de se vestirem e apresentarem como quiserem e se sentirem confortáveis. Acho inaceitável que ainda hoje em dia existam mulheres que se vistam em função do que o marido e as famílias obrigam, e que sejam obrigadas a andar todas cobertas para que ningúem consiga olhar para elas.
Existem mulheres muçulmanas que provavelmente tem o sonho de serem modelos ou actrizes mas que se encontram presas à realidade da sua religião que não lhes permite andar com os braços ou pernas à mostras,andando praticamente só com os olhos de fora, eu vejo isso como uma forma de escravidão.
A rapariga da fotografia segura uma fotografia dela própria, sendo essa mesma fotograifia muito famosa por ter sido capa da National Geografic,e a rapariga ter sido considerada muito bonita. Consta que a rapariga foi muito procurada, pelo que ela poderia ter tido um enorme sucesso pela sua beleza. Mas não, ficou presa à sua cultura e religião, tendo sido encontrada pelo mesmo fotografo que a tinha fotografado à uns anos atrás, debaixo a uma burca sem se querer mostrar, tendoapenas após muitos esforços destapado a cara. Este é apenas um em milhares de casos de mulheres que podiam ter um brilhante futuro pela fente mas por estarem sujeitas à sua religião e neste caso à burca entre outra coisas, se limitam a cumprir o que os maridos e familia mandam.
Vera Fijan

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Entrevista a Mikhail Gorbachev


Esta semana lemos nas nossas aulas de História alguns documentos escritos pelo politico russo Mikhail Gorbachev. Gostei do que lemos porque este politico mesmo sendo russo, apelou tanto à URSS como aos EUA para deixarem os países seguirem os rumos e caminhos políticos que quisessem sem qualquer pressão de ter que seguir as vontades de outro pais. Assim este politico sempre apelou à paz no mundo , tendo acabado por ganhar o Prémio Nobel da Paz em 1990, tendo este na minha opinião sido muito merecido e bem entregue. Ao pesquisar sobre a vida actual de Gorbachev encontrei uma entrevista que deu recentemente que achei bem publicar esta semana no Blog, segue-se então a entrevista:

Será possível definir a degradação ambiental como o principal problema da actualidade, quando ainda existem tantas pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza? O que diria às pessoas para quem a alteração dos hábitos de vida representaria um luxo insustentável?

"Os principais problemas da actualidade são a pobreza, a qualidade do ar e da água, as condições sanitárias e a baixa produtividade agrícola, todos relacionados com questões ecológicas. Não faz sentido dizer que a ecologia é um luxo, porque é uma prioridade absoluta nos dias que correm. A segunda prioridade é a luta contra a pobreza, uma vez que dois mil milhões de pessoas no mundo dispõem apenas de um a dois dólares norte-americanos por dia. A terceira prioridade é a segurança mundial, incluindo a ameaça nuclear e as armas de destruição massiva. Todas elas são prioridades urgentes, mas coloco a ecologia em primeiro lugar porque atinge directamente todos os cidadãos do mundo".



Durante a sua presidência iniciou importantes mudanças na então União Soviética e trabalhou muito para acabar com a Guerra Fria. Que lições podemos retirar dessa experiência?

"Em meados da década de 1980, os líderes dos grandes países tiveram consciência de que era urgente fazer qualquer coisa. Gorbachev, Reagan, Bush, Thatcher, Mitterrand e muitos outros foram suficientemente inteligentes para ultrapassar os preconceitos existentes e iniciar um diálogo sobre a ameaça nuclear. Os dias de hoje já são diferentes porque estamos perante o fenómeno da globalização. Alguns países tornaram-se mais independentes e outros, como o Brasil, a China e a Índia, tornaram-se actores importantes no plano mundial. A lição mais importante que podemos retirar é a consciência da necessidade desse diálogo. É necessário renunciar à política da força, que não traz nada de bom. É necessário ter consciência de que estamos todos no mesmo barco e que temos que remar juntos. Isto porque se alguns remarem, outros despejarem água e alguns fizerem buracos ninguém conseguirá vencer seja o que for. Vejamos o que se passa com os EUA no Iraque. Todos os aliados estavam contra a invasão, mas os EUA não ouviram ninguém e o que é que aconteceu? Agora não sabem como sair da situação. Percebemos que a situação é séria e temos que os ajudar a sair dela. É necessária uma nova ordem mundial e mecanismos globais que permitam geri-la. Com o fim da Guerra Fria, todas as pessoas defendiam uma nova ordem mundial e até o Papa se juntou a nós e falou na necessidade de uma nova ordem mundial, mais estável, mais justa e mais humana. No entanto, quando a URSS se desmoronou, essencialmente por razões de ordem interna, os EUA não resistiram e aproveitaram a confusão. As elites políticas mudaram, os que acabaram com a Guerra Fria saíram de cena e os novos protagonistas queriam escrever a sua própria história. Estes erros de visão, de decisão e de acção tornaram o mundo ingovernável. O mundo em que vivemos atingiu uma fase caótica. É possível que do caos emirjam novos estilos de vida e mecanismos políticos, mas o caos também pode levar à ruptura, à resistência e ao conflito armado".



Rumo a uma Nova Civilização é o mote da Fundação Gorbachev. Como se define essa nova civilização? Onde poderá o mundo ir buscar os recursos necessários para essas mudanças fundamentais?

"Não se trata apenas de dinheiro. Se as questões internacionais forem tratadas de uma forma desorganizada, gasta-se mais dinheiro. É uma questão de confiança, cooperação, diálogo, ajuda mútua e trocas recíprocas. Por que é que a Europa cresce economicamente? Unicamente por causa da União Europeia. É este o caminho para as novas oportunidades e a UE é um bom exemplo disso. Claro que nem tudo é perfeito e, na minha opinião, a União Europeia já está sobrecarregada enquanto sistema. É necessário que tenha a inteligência necessária para saber quando deve parar, absorver e avançar".



Na sua opinião, a Rússia caminha actualmente no bom sentido?

"Considero que a Rússia caminha na boa direcção e vai avançar, apesar de estar a meio de um difícil processo de transição democrática. Durante a presidência de Boris Yeltsin as pessoas tratavam a Rússia sem respeito, mas isso deixou de ser possível e temos que esquecer esses tempos. A Rússia estará ao nível de todos os outros".

Vera Fijan

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Fernando Nobre quer trasladação dos mortos no Ultramar

Acho que já é do conhecimento de todos os Portugueses a promessa do politico Fernando Nobre de transportar para Portugal os corpos dos nossos soldados mortos na Guerra do Ultramar, caso se torne no nosso próximo Presidente da República. No post desta semana decidi dar a minha opinião sobre este tema.
Segundo o politico, esta será uma oportunidade das famílias fazerem o seu luto pelos familiares que nesta guerra perderam, tendo em conta que apenas as famílias mais ricas conseguiram trazer os corpos dos seus filhos\netos\maridos para Portugal, e que segundo o General Chito Rodrigues estão 4500 soldados portugueses enterrados em vários países de África, sendo que estas famílias também tem direito a terem cá os seus familiares que lá morreram e fazer o luto dos seus mortos. Acho que o povo português já sofreu o suficiente por esta questão, e que voltar a tocar nela seria abrir uma ferida já quase sarada. Todas as famílias já fizeram o seu luto ao chorarem a morte e a saudade dos seus soldados, sendo que trazer para cá os cerca de 4500 corpos só traria de novo o sofrimento às famílias, que apenas se lembrariam do que já choraram e sofreram, e que teria de passar de novo por uma fase que não desejo a ninguém: deparar mo nos com a morte de um familiar.
Assim, concluindo, na minha opinião ao trazer para Portugal os corpos dos soldados só traria de novo sofrimento às pessoas que diariamente sentem a falta de um familiar ou amigo que morreu na Guerra do Ultramar.
Vera Fijan

domingo, 21 de março de 2010

O ímpeto de Humberto Delgado

Durante a campanha eleitoral do general Humberto Delgado surgiu um cartaz com os seguintes dizeres:
"Tornai-vos conscientes!
Amordaçados:
- Falai.
o medo acabou!"
Era notoriamente um cartaz contra o Estado Novo e a ditadura Salazarista. De facto Humberto Delgado era um forte opositor da politica de Salazar, e isso está bem patente nos dizeres do cartaz, e em outras coisas como por exemplo uma conhecida afirmação a quando de uma reunião onde um jornalista presente na mesma, pergunta ao candidato independente (Humberto Delgado) "Se fosse eleito presidente da República, o que faria do presidente do Conselho?" que obteve a resposta: "Obviamente demitia-o!"
Humberto Delgado foi então intitulado de "General sem Medo" pois não nunca teve medo de se expressar mesmo quando sabia que estava a ir contra o Governo em vigor, e que podia vir a sofrer pesadas consequências pelos seus actos, mas a sua força era tanta e a sua vontade de mudança ainda maior, que este nunca vacilou, nunca desistiu.

Faz-nos falta um Humberto Delgado! Nós já não temos força para nada, e a nossa vontade de mudança é tão amordaçada como era no Estado Novo, podemos não viver numa ditadura declarada, mas também não vivemos em democracia, nem temos liberdade, nem temos "voto na matéria".
Os dizeres do cartaz continuam a ser actuais!

Tornai-vos Conscientes!
Tornai-vos Conscientes!
Tornai-vos Conscientes!
Tornai-vos Conscientes!
Tornai-vos Conscientes!
Tornai-vos Conscientes!
Tornai-vos Conscientes!
Tornai-vos Conscientes!
Tornai-vos Conscientes!
Tornai-vos Conscientes!

Não se deixem amordaçar! O governo já não é governo é um lixo de "fofoquices", onde ninguém governa, todos brincam e no meio disso alguns roubam.
Podem não concordar, é bem possível que não concordem, mas se dissermos só o que convém não vamos a lado nenhum.

E se fosse eleita presidente da República, o que faria?
A minha resposta:
Primeiro falta muito para isso porque para se ser presidente em Portugal (por enquanto) tem que se ter os seguintes requisitos:
- Ser homem (eu sou mulher);
- Ser doutor ou engenheiro (não sei porquê, pelo que sei a república não é nem um paciente nem uma obra);
- ter-se uma certa idade, para se ter mais credibilidade (eu acabei de fazer os 18);
mas se por mero acaso e com muita sorte, porque não preencho os requisitos, fosse eleita presidente da República, à semelhança do "General sem Medo", demitia-os A TODOS!
Não sei bem ao certo quem lá poria mas aqueles que lá estão e que já provaram a sua incompetência, não ficariam. Entre ficar com a mesma incompetência ou dar o beneficio da dúvida a novas pessoas (que poderiam vir a ser incompetentes ou não) escolho a segunda.
Mas isto não vai acontecer. No entanto deixo aqui o meu descontentamento com o sistema, com os políticos e com todos esses engravatados, que apenas marcam lugar na assembleia, mas o que vão la fazer é só mesmo aquecer o lugar.
Eu queixo-me!
Tento ser consciente!
Não me deixo amordaçar!
Falo.
E espero a vinda de um novo "General sem Medo"!

Liliana Cardoso