domingo, 21 de março de 2010

O ímpeto de Humberto Delgado

Durante a campanha eleitoral do general Humberto Delgado surgiu um cartaz com os seguintes dizeres:
"Tornai-vos conscientes!
Amordaçados:
- Falai.
o medo acabou!"
Era notoriamente um cartaz contra o Estado Novo e a ditadura Salazarista. De facto Humberto Delgado era um forte opositor da politica de Salazar, e isso está bem patente nos dizeres do cartaz, e em outras coisas como por exemplo uma conhecida afirmação a quando de uma reunião onde um jornalista presente na mesma, pergunta ao candidato independente (Humberto Delgado) "Se fosse eleito presidente da República, o que faria do presidente do Conselho?" que obteve a resposta: "Obviamente demitia-o!"
Humberto Delgado foi então intitulado de "General sem Medo" pois não nunca teve medo de se expressar mesmo quando sabia que estava a ir contra o Governo em vigor, e que podia vir a sofrer pesadas consequências pelos seus actos, mas a sua força era tanta e a sua vontade de mudança ainda maior, que este nunca vacilou, nunca desistiu.

Faz-nos falta um Humberto Delgado! Nós já não temos força para nada, e a nossa vontade de mudança é tão amordaçada como era no Estado Novo, podemos não viver numa ditadura declarada, mas também não vivemos em democracia, nem temos liberdade, nem temos "voto na matéria".
Os dizeres do cartaz continuam a ser actuais!

Tornai-vos Conscientes!
Tornai-vos Conscientes!
Tornai-vos Conscientes!
Tornai-vos Conscientes!
Tornai-vos Conscientes!
Tornai-vos Conscientes!
Tornai-vos Conscientes!
Tornai-vos Conscientes!
Tornai-vos Conscientes!
Tornai-vos Conscientes!

Não se deixem amordaçar! O governo já não é governo é um lixo de "fofoquices", onde ninguém governa, todos brincam e no meio disso alguns roubam.
Podem não concordar, é bem possível que não concordem, mas se dissermos só o que convém não vamos a lado nenhum.

E se fosse eleita presidente da República, o que faria?
A minha resposta:
Primeiro falta muito para isso porque para se ser presidente em Portugal (por enquanto) tem que se ter os seguintes requisitos:
- Ser homem (eu sou mulher);
- Ser doutor ou engenheiro (não sei porquê, pelo que sei a república não é nem um paciente nem uma obra);
- ter-se uma certa idade, para se ter mais credibilidade (eu acabei de fazer os 18);
mas se por mero acaso e com muita sorte, porque não preencho os requisitos, fosse eleita presidente da República, à semelhança do "General sem Medo", demitia-os A TODOS!
Não sei bem ao certo quem lá poria mas aqueles que lá estão e que já provaram a sua incompetência, não ficariam. Entre ficar com a mesma incompetência ou dar o beneficio da dúvida a novas pessoas (que poderiam vir a ser incompetentes ou não) escolho a segunda.
Mas isto não vai acontecer. No entanto deixo aqui o meu descontentamento com o sistema, com os políticos e com todos esses engravatados, que apenas marcam lugar na assembleia, mas o que vão la fazer é só mesmo aquecer o lugar.
Eu queixo-me!
Tento ser consciente!
Não me deixo amordaçar!
Falo.
E espero a vinda de um novo "General sem Medo"!

Liliana Cardoso


Visita de Estudo ao Mude

Recentemente na disciplina de História, para a apresentação de um trabalho decidi fugir ao típico trabalho e inovar.
Estava a dar uma volta pela baixa quando decidi, visitar pela primeira vez o Museu do Design e da Moda - MUDE. E foi dessa visita que me surgiu a ideia de fazer um trabalho diferente. Então reuni-me com o meu grupo de trabalho e sugeri que em vez de fazermos uma apresentação à turma, na aula, poderíamos inovar, e levar os nossos colegas a uma visita de estudo ao MUDE, onde seriamos nos as guias do museu.
Assim, e em conjunto começamos a trabalhar para que isto acontecesse, não tivemos muito tempo porque uma das exposições "é proibido proibir!" já estava a chegar ao fim, por isso tivemos uma corrida contra o tempo para preparar a visita, mas felizmente, e apesar da escassez de tempo, tudo correu bem, ou pelo menos como tínhamos planeado.
Fizemos um flyer que distribuímos aos nossos colegas e professor, e que serviu de apoio à visita.
O trabalho escrito baseia-se, portanto, no que foi visto e falado na visita.
Pelo que nos foi dito, esta foi uma boa ideia, com inovação e originalidade.
Para quem ainda não foi ao MUDE, deixo aqui o meu convite.

Liliana Cardoso